Rios, praias, estuários e manguezais estão sob forte pressão do descarte inadequado de resíduos. Um estudo global coordenado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo analisou dados de 6.049 registros de contaminação em todos os continentes e concluiu que 46% dos ambientes aquáticos do planeta são classificados como “sujos” ou “extremamente sujos”, segundo o Clean-Coast Index, métrica internacional que avalia a densidade de lixo nesses locais.
O levantamento mostrou que a contaminação é um problema global e homogêneo. Independentemente de diferenças culturais, econômicas ou geográficas, plásticos e bitucas de cigarro representam quase 80% dos resíduos encontrados, sendo os plásticos responsáveis por 68% do total. Esses materiais persistem no ambiente, fragmentam-se em microplásticos e se espalham por grandes distâncias, ampliando seus impactos sobre a fauna, a flora e a saúde humana.
No Brasil, os dados também são preocupantes. Cerca de 30% dos ambientes costeiros monitorados foram classificados como sujos ou extremamente sujos, incluindo áreas ambientalmente sensíveis, como os manguezais da região de Santos, um dos pontos mais contaminados do mundo. Ao mesmo tempo, o estudo confirma que áreas de proteção ambiental reduzem significativamente a contaminação, chegando a níveis até sete vezes menores quando comparadas a regiões não protegidas, o que reforça a importância de políticas públicas e boa gestão ambiental.
É nesse cenário que a atuação local ganha força. A crise global do lixo não será resolvida apenas com acordos internacionais, mas também com mudanças práticas no dia a dia, sistemas eficientes de coleta e educação ambiental contínua. A Hambis atua exatamente nesse ponto, conectando pessoas, condomínios, empresas e cooperativas para garantir o descarte correto, reduzir a contaminação ambiental e transformar resíduos em valor social e ambiental. Cuidar dos ambientes aquáticos começa muito antes de o lixo chegar aos rios e ao mar e passa pelas escolhas que fazemos todos os dias.
